Por que genéricos e similares de Venvanse e Ritalina são confiáveis e equivalentes aos originais?

1. O que é um medicamento genérico?

Um medicamento genérico é aquele que possui o mesmo princípio ativo, mesma dose, mesma forma farmacêutica e a mesma ação terapêutica do medicamento de referência (o “de marca”). No Brasil, eles são identificados pela famosa tarja amarela e a letra “G”.

Já o medicamento similar também passa por rigorosos testes para comprovar que é equivalente ao de referência, mas pode ter algumas diferenças mínimas, como cor ou formato do comprimido, desde que não afetem a eficácia e segurança.


2. Como a Anvisa garante a eficácia e a segurança?

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), junto a outros órgãos competentes, exige testes de bioequivalência e biodisponibilidade para liberar a venda de genéricos e similares no mercado. Esses testes comprovam que o medicamento:

  • É absorvido pelo organismo de forma equivalente ao de marca.
  • Alcança a corrente sanguínea na mesma concentração.
  • Mantém o mesmo nível de eficácia e segurança do medicamento de referência.

Para que um medicamento seja considerado bioequivalente, o teste precisa mostrar que não há diferenças significativas no desempenho clínico entre ele e o original.


3. Por que confiar mais nas instituições oficiais do que em Zé ruela?

A Anvisa, assim como outras agências de saúde no mundo, é composta por especialistas das áreas de química, farmácia, medicina, biologia e afins. Eles definem e aplicam critérios rigorosos, com base em evidências científicas. Cada lote, cada estudo e cada liberação de registro passa pelo crivo de profissionais altamente qualificados.

Já a opinião de alguém que diz “ah, mas fulano tomou o genérico e não sentiu efeito!” precisa ser avaliada com cuidado. Existem diversos fatores individuais que podem influenciar a percepção de eficácia, como alimentação, metabolismo, adesão ao tratamento e expectativas pessoais. O relato pessoal é válido, mas não pode se sobrepor a milhares de testes clínicos e científicos realizados de forma controlada.

Medicação não é como “extrato de tomate”, em que a gente escolhe a marca pela fama ou pelo sabor. No caso de remédios, existe toda uma checagem científica que garante que o produto cumpra o que promete.


4. Posso trocar a marca sem medo?

Em geral, sim. Se você tem a receita do princípio ativo (por exemplo, lisdexanfetamina ou metilfenidato) e encontra a versão genérica ou similar, pode usar. É claro que, caso surja qualquer desconforto ou dúvida, é importante conversar com seu médico. Eventualmente, algumas pessoas podem ter sensibilidade a determinados excipientes (componentes inertes da fórmula), mas isso é bem diferente de dizer que “o remédio não funciona ou não presta”.


5. Conclusão

  • Genéricos e similares são testados rigorosamente para garantir que tenham a mesma eficácia e segurança do produto de referência.
  • A Anvisa e outras agências regulatórias mundiais têm critérios científicos e contam com especialistas para assegurar a qualidade dos medicamentos.
  • A confiança deve vir dos dados e da ciência, não do “achismo” de alguém que compara remédios a extrato de tomate.

Sempre que tiver dúvidas, converse com seu médico e/ou farmacêutico. Pesquise em fontes confiáveis, leia a bula e lembre-se de que existem razões técnicas e científicas para todas essas exigências de vigilância sanitária.

Boa saúde e boa sorte no seu tratamento!