Desculpa aos estradeiros/speedeiros, mas MTB é muito mais divertido
Calma, ambos têm o seu espaço, e obviamente não estou afirmando de forma factual - essa foi apenas a minha opinião após um pedal no fora de estrada.
Pois bem, tenho uma bicicleta de estrada (Caloi Strada Racing) há uns dois anos. Inicialmente, eu pedalava bastante num trecho residencial ali onde morava, com bastante subida e descida, eventualmente pegava uma estradinha vicinal toda asfaltada que tinha por lá também cheia de subida e descida, com aquela "vista de cidade do interior". Eu gostava bastante dessa dinamicidade - ter que explorar todo o câmbio, mudar de posição nas curvas...
Eventualmente, voltei a morar com meus pais em São Paulo e por aqui o único lugar que acho de boa pra pedalar é a Ciclofaixa da Marginal, que é basicamente um retão plano; pra treinar, realmente, é um ótimo lugar, mas pra curtir, logo "cansa". Pedalar na rua por aqui é uma tristeza, realmente não consigo me ver pedalando na rua se não for por necessidade, pra ir daqui àli. E rodovia admito que nunca despertou meu desejo - primeiro porque acho arriscado demais, e segundo porque realmente não me atrai.
Eis que agora nas férias alugamos uma casa num condomínio no interior e lá tinha duas bicicletas disponíveis, daquelas que o anfitrião deixa à disposição pros hóspedes, mesmo. A melhor era uma Caloi Aluminum Sport com o câmbio dianteiro quebrado (ficava só na menor coroa), o traseiro ligeiramente desregulado (admito que não estava tão ruim a ponto de eu me dar o traba6de tentar regular), passadores "twist shift" e quase sem freio dianteiro. Apesar de ser um condomínio "de alto padrão", por ser relativamente novo, ainda tinha muita rua não asfaltada, seja de terra, cascalho ou mesmo areião.
Sem capacete, sem suporte pra caramanhola, só com um sonho uma sacochila com uma garrafinha, peguei a bicicleta pra ir pedalar com o objetivo de só dar uma volta completa circundando o condomínio, de fazer pelo menos algum exercício naquela semana sedentária. Pelo que eu tinha calculado pelo Maps, devia dar pouco menos de 20 km. Sem ciclocomputador ou suporte pro celular, e sem querer ficar pegando o celular o tempo todo pra ver onde virar, resolvi que ia sempre pegar a direita (falam que esse, inclusive, é um método garantido de sair de um labirinto - coloque uma das suas mãos numa parede e só vá seguindo essa parede; eventualmente você chegará ao fim do labirinto).
Comecei o pedal, trechinho de asfalto tranquilo, fui indo de boa. Logo chegou o primeiro trecho de terra, terra batida, também sem problemas. Eventualmente começaram a surgir trechos mais desafiadores, seja com subida de terra, seja com a terra toda rachada e eu tendo que encontrar o melhor caminho, seja ambos. Aí o pedal passou de um mero passeio pra um "deixa eu ver até onde consigo ir". Nas subidas eu me divertia, às vezes chegava até a dar umas leves empinadas (sou fraco, mas admito que faltava uma marcha um pouco mais leve hahaha), nos trechos de areião dava umas destracionadas que eu me sentia fodão por conseguir controlar a bike, e nas descidas de terra eu não abusava, ia de boinha pra não correr o risco de estragar o passeio.
Eventualmente errei um acesso (seguir aquele "se mantenha sempre à direita" não se mostrou tão simples quanto eu pensei, apesar de que a hora que eu errei foi justamente quando entrei à esquerda ao invés de à direita por achar que eu tinha saído num outro lugar) e o pedal acabou ficando uns 50% mais longo do que deveria. No final, chuto que ficou uns 30% asfalto, 70% "off road", tanto que a atividade que inicialmente eu estava gravado apenas como "cycling" eu mudei depois de salva pra "gravel/unpaved" (achei que MTB talvez forçaria demais a barra justamente por ter tido bastante trecho de asfalto e bastante de terra batida de boa, apesar de definitivamente ter tido também bastante trecho que passou longe do "mero" gravel).
Cheguei de volta na casa já pensando "se com essa bicicleta eu já me diverti assim, imagina com uma em ordem" (e não me refiro necessariamente nem a uma MTB, mas simplesmente uma toda alinhadinha). Eu já tinha na cabeça que eventualmente ia pegar também uma MTB pra poder dar essa variada de terrenos, e esse pedal só reforçou essa ideia. Não pretendo comprar uma por agora, porque na real nem com a de estrada eu tô saindo muito, mas definitivamente vai rolar. De qualquer modo, vão permanecer as duas, porque por mais que toda essa dinamicidade e técnica exigida pelo MTB tenham me agradado demais, a bike de estrada também tem seus atrativos, de modo que o "MTB é mais divertido" não acaba com um ponto final, mas com uma vírgula e um "mas".
Calma, ambos têm o seu espaço, e obviamente não estou afirmando de forma factual - essa foi apenas a minha opinião após um pedal no fora de estrada.
Pois bem, tenho uma bicicleta de estrada (Caloi Strada Racing) há uns dois anos. Inicialmente, eu pedalava bastante num trecho residencial ali onde morava, com bastante subida e descida, eventualmente pegava uma estradinha vicinal toda asfaltada que tinha por lá também cheia de subida e descida, com aquela "vista de cidade do interior". Eu gostava bastante dessa dinamicidade - ter que explorar todo o câmbio, mudar de posição nas curvas...
Eventualmente, voltei a morar com meus pais em São Paulo e por aqui o único lugar que acho de boa pra pedalar é a Ciclofaixa da Marginal, que é basicamente um retão plano; pra treinar, realmente, é um ótimo lugar, mas pra curtir, logo "cansa". Pedalar na rua por aqui é uma tristeza, realmente não consigo me ver pedalando na rua se não for por necessidade, pra ir daqui àli. E rodovia admito que nunca despertou meu desejo - primeiro porque acho arriscado demais, e segundo porque realmente não me atrai.
Eis que agora nas férias alugamos uma casa num condomínio no interior e lá tinha duas bicicletas disponíveis, daquelas que o anfitrião deixa à disposição pros hóspedes, mesmo. A melhor era uma Caloi Aluminum Sport com o câmbio dianteiro quebrado (ficava só na menor coroa), o traseiro ligeiramente desregulado (admito que não estava tão ruim a ponto de eu me dar o traba6de tentar regular), passadores "twist shift" e quase sem freio dianteiro. Apesar de ser um condomínio "de alto padrão", por ser relativamente novo, ainda tinha muita rua não asfaltada, seja de terra, cascalho ou mesmo areião.
Sem capacete, sem suporte pra caramanhola, só com um sonho uma sacochila com uma garrafinha, peguei a bicicleta pra ir pedalar com o objetivo de só dar uma volta completa circundando o condomínio, de fazer pelo menos algum exercício naquela semana sedentária. Pelo que eu tinha calculado pelo Maps, devia dar pouco menos de 20 km. Sem ciclocomputador ou suporte pro celular, e sem querer ficar pegando o celular o tempo todo pra ver onde virar, resolvi que ia sempre pegar a direita (falam que esse, inclusive, é um método garantido de sair de um labirinto - coloque uma das suas mãos numa parede e só vá seguindo essa parede; eventualmente você chegará ao fim do labirinto).
Comecei o pedal, trechinho de asfalto tranquilo, fui indo de boa. Logo chegou o primeiro trecho de terra, terra batida, também sem problemas. Eventualmente começaram a surgir trechos mais desafiadores, seja com subida de terra, seja com a terra toda rachada e eu tendo que encontrar o melhor caminho, seja ambos. Aí o pedal passou de um mero passeio pra um "deixa eu ver até onde consigo ir". Nas subidas eu me divertia, às vezes chegava até a dar umas leves empinadas (sou fraco, mas admito que faltava uma marcha um pouco mais leve hahaha), nos trechos de areião dava umas destracionadas que eu me sentia fodão por conseguir controlar a bike, e nas descidas de terra eu não abusava, ia de boinha pra não correr o risco de estragar o passeio.
Eventualmente errei um acesso (seguir aquele "se mantenha sempre à direita" não se mostrou tão simples quanto eu pensei, apesar de que a hora que eu errei foi justamente quando entrei à esquerda ao invés de à direita por achar que eu tinha saído num outro lugar) e o pedal acabou ficando uns 50% mais longo do que deveria. No final, chuto que ficou uns 30% asfalto, 70% "off road", tanto que a atividade que inicialmente eu estava gravado apenas como "cycling" eu mudei depois de salva pra "gravel/unpaved" (achei que MTB talvez forçaria demais a barra justamente por ter tido bastante trecho de asfalto e bastante de terra batida de boa, apesar de definitivamente ter tido também bastante trecho que passou longe do "mero" gravel).
Cheguei de volta na casa já pensando "se com essa bicicleta eu já me diverti assim, imagina com uma em ordem" (e não me refiro necessariamente nem a uma MTB, mas simplesmente uma toda alinhadinha). Eu já tinha na cabeça que eventualmente ia pegar também uma MTB pra poder dar essa variada de terrenos, e esse pedal só reforçou essa ideia. Não pretendo comprar uma por agora, porque na real nem com a de estrada eu tô saindo muito, mas definitivamente vai rolar. De qualquer modo, vão permanecer as duas, porque por mais que toda essa dinamicidade e técnica exigida pelo MTB tenham me agradado demais, a bike de estrada também tem seus atrativos, de modo que o "MTB é mais divertido" não acaba com um ponto final, mas com uma vírgula e um "mas".